Na semana passada, entre domingo e quarta-feira, 30 de abril, o professor Fernando Ferreira de Morais, atual professor-coordenador do LABOAA e também Secretário do Instituto Gaia, esteve envolvido em uma série de atividades estratégicas em Cáceres, Mato Grosso. A agenda incluiu a participação em importantes reuniões de planejamento e capacitação do Projeto RESTAURA, focado nas "Ações socioparticipativas para restauração de árvores e das águas no Corredor Biocultural Pantanal-Cerrado - Corredor do Jauru". Esses encontros reuniram parceiros chave com o objetivo de definir áreas prioritárias, alinhar metodologias de trabalho e orientar projetos de pesquisa em restauração ecológica para a iniciativa.

O Projeto RESTAURA integra um conjunto de ações desenvolvidas pelo Instituto Gaia Pantanal em colaboração com um coletivo de entidades e instituições parceiras na região. O objetivo é promover a restauração ecológica em diferentes escalas e localidades estratégicas do corredor Pantanal-Cerrado, como o Corredor do Jauru. As ações focam na conservação e manejo da biodiversidade local, na recuperação e proteção das fontes de água, e no desenvolvimento de programas de educação ambiental e climática, valorizando o conhecimento e a participação ativa das comunidades inseridas no local.
O Instituto de Pesquisa e Educação Ambiental Gaia (Instituto Gaia Pantanal) conduz essa iniciativa, que atualmente é coordenada pela profa. dra. Solange Ikeda (UNEMAT). Fundado em 1997 e sediado em Cáceres (MT), às margens do Rio Paraguai, o Instituto é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos com mais de 25 anos de experiência em restauração ambiental. Composto por uma equipe multidisciplinar, dedica-se à conservação e preservação ambiental nos ecossistemas do Pantanal, Cerrado e Amazônia. Sua missão envolve promover o uso sustentável dos recursos naturais, realizar campanhas educativas e apoiar o desenvolvimento socioeconômico local através de uma gestão com forte ênfase em metodologias socioparticipativas e no trabalho com base comunitária.

O Corredor do Jauru faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Jauru, localizada no sudoeste de Mato Grosso. Esta região é uma zona de transição ecológica entre os biomas Pantanal, Cerrado e Amazônia, sustentando uma rica biodiversidade e atuando como importante fonte de água para o Pantanal. No entanto, o Corredor do Jauru enfrenta fortes pressões ambientais, incluindo desmatamento significativo, fragmentação de habitats pela expansão agropecuária e alterações no regime hídrico devido a empreendimentos hidrelétricos. Diante deste cenário, o Projeto RESTAURA direciona suas ações socioparticipativas para esta área.
A iniciativa é reforçada pela participação de pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), além do apoio dos Comitês de Bacias Hidrográficas da região. O financiamento provém do edital Corredores da Biodiversidade da Iniciativa FLORESTA VIVA, um programa do BNDES que conta com o apoio da Petrobrás para impulsionar a restauração ecológica nos biomas brasileiros.
Com as estratégias alinhadas e as equipes fortalecidas após os encontros da semana, o Projeto RESTAURA Corredor do Jauru avança para as próximas fases de implementação,.